sábado, 7 de junho de 2008

No último dia 17 de maio foi publicado no Jornal Diário Popular uma matéria sobre a Bibliotheca Rio-Grandense, que foi fundada após a Revolução Farroupilha para a reconstrução cultural e intelectual da população, seu acervo é constituído por mais ou menos 450 mil obras distribuídas em quatro andares.

Passou de um seleto grupo
de leitores formado por intelectuais ao maior acervo bibliográfico do Estado. Esta situada entre as ruas General Osório e General Netto. Possui grande apoio dos sócios e dos colaboradores que acreditam na posterioridade do conhecimento.


Considerada equivocadamente como pública, a instituição é fiel às características do grupo de leitura ao adquirir e receber doações de variados materiais impressos e mantendo suas porta
s abertas à população. De best-sellers dos últimos anos a publicações e arquivos raros, qualquer leitura se admira com as mais de 450 mil obras catalogadas e distribuídas pelas estantes nos quatro andares do mais rico acervo gaúcho.

As pedras na calçada que cercam o prédio e o ano de 1846 na entrada da Bibliotheca cravam a data de fundação do grupo de leitura liderado por Barbosa Coelho. Com o fim da Revolução Farroupilha (1835-1845), os integrantes viram a necessidade da reconstrução cultural e intelectual da população. Ao longo dos anos, a entidade passou por diversas edificações do município, transformada com o tempo.


Diante das dificuldades financeiras e estruturais, funcionou como gabinete de leitura até a década
de 70 do século 19. Na época, foi cogitada a idéia de leiloar a entidade até que um benemérito da cidade, Barão de Vila Izabel, pagou todas as dívidas e transformou-a efetivamente em biblioteca. Levou o nome de Rio-Grandense uma vez que era esse o adjetivo designado aos nascidos na cidade. A Bibliotheca foi então reorganizada, com seus estatutos definidos.

Além de uma mapoteca e um vasto arquivo de fotografias, entre as coleções que compõem o acervo local está a Rheingantz, que trata da colônia de São Lourenço, e a de José Artur Montenegro, cearense radicado no Rio Grande do Sul e considerado um dos maiores colecionadores de documentos e obras sobre a Guerra do Paraguai (1864-1870).

Destacando su
a interface junto à comunidade, a entidade desempenhou ainda alguns papéis ao longo de sua história. Com o rico acervo, freqüentemente são realizadas exposições na sala de leitura, além de ter editado obras de tiragem esgotadas. Entre ações comunitárias ofereceu cursos noturnos para trabalhadores, bem como a implementação de filiais em algumas localidades do município, como Vila da Quinta e o Povo Novo.


Apesar do esforço em manter suas portas abertas, há quem ainda não soube mensurar o valor da preservação da história da cidade e de temas específicos. A principal característica da Bibliotheca Rio-Grandense é mostrar que ao longo de seus mais de 160 anos de funcionamento ela resistiu a todo tipo de intempérie, adquiriu e reuniu um acervo indescritível, mantendo suas portas abertas ao público.

Pesquisadores das mais distintas localidades chegam à cidade em busca de um dos maiores acervos do país. Diante de arquivos raros, falta aos olhos de parte da população ter percepção de tal valor.

As imagens foram gentilmente fornecidas por Carlos Queiroz do Jornal Diário Popular, e o crédito das fotos, é de Vinicius Costa.

4 comentários:

Claudio Omar disse...

Francine, a propósito de seu post sobre a Bibliotheca Rio-Grandense: você sabia que seu fundador, João Barbosa Coelho, foi o primeiro gaúcho a subscrever um documento intitulando-se "bibliotecário"? Pois é, este fato consta na ata de fundação do "Gabinete de Leitura", lavrada em 15 de agosto de 1845 e em vários documentos posteriores, da Biblotheca. Por isso, ele é o precursor da Biblioteconomia no Rio Grande Sul.

Carolina Meroni disse...

Oh Fran, hein super supimpa o blog e cada dia mais fashion!

;*

Elis Pires disse...

Fran...
Não consegui votar na tua enquete...
Mas o blog tah show... legal mesmo
e se puder dar uma passadinha lah no meu humilde blog, hehehe, e votar eu vou ficar feliz...
bjooo

Samanta Martins disse...

Ahhh Fran ....
Assim não vale,poxa teu blog tá d + !!!
Humilho meu blog....hehehehe

beijo te adoru