Passou de um seleto grupo de leitores formado por intelectuais ao maior acervo bibliográfico do Estado. Esta situada entre as ruas General Osório e General Netto. Possui grande apoio dos sócios e dos colaboradores que acreditam na posterioridade do conhecimento.
Considerada equivocadamente como pública, a instituição é fiel às características do grupo de leitura ao adquirir e receber doações de variados materiais impressos e mantendo suas portas abertas à população. De best-sellers dos últimos anos a publicações e arquivos raros, qualquer leitura se admira com as mais de 450 mil obras catalogadas e distribuídas pelas estantes nos quatro andares do mais rico acervo gaúcho.
As pedras na calçada que cercam o prédio e o ano de 1846 na entrada da Bibliotheca cravam a data de fundação do grupo de leitura liderado por Barbosa Coelho. Com o fim da Revolução Farroupilha (1835-1845), os integrantes viram a necessidade da reconstrução cultural e intelectual da população. Ao longo dos anos, a entidade passou por diversas edificações do município, transformada com o tempo.
Diante das dificuldades financeiras e estruturais, funcionou como gabinete de leitura até a década
Além de uma mapoteca e um vasto arquivo de fotografias, entre as coleções que compõem o acervo local está a Rheingantz, que trata da colônia de São Lourenço, e a de José Artur Montenegro, cearense radicado no Rio Grande do Sul e considerado um dos maiores colecionadores de documentos e obras sobre a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Destacando su
Apesar do esforço em manter suas portas abertas, há quem ainda não soube mensurar o valor da preservação da história da cidade e de temas específicos. A principal característica da Bibliotheca Rio-Grandense é mostrar que ao longo de seus mais de 160 anos de funcionamento ela resistiu a todo tipo de intempérie, adquiriu e reuniu um acervo indescritível, mantendo suas portas abertas ao público.
Pesquisadores das mais distintas localidades chegam à cidade em busca de um dos maiores acervos do país. Diante de arquivos raros, falta aos olhos de parte da população ter percepção de tal valor.
As imagens foram gentilmente fornecidas por Carlos Queiroz do Jornal Diário Popular, e o crédito das fotos, é de Vinicius Costa.