quarta-feira, 28 de maio de 2008

20 anos da Biblioteca Maria de Jesus do Colégio São José



No último dia 12 de maio foi comemorado o 20° aniversário da Biblioteca Maria de Jesus do Colégio São José, a Ir. Maria de Jesus nos visitou e registramos tudo. Esta biblioteca é para os pequenos no colégio, destinada aos alunos até a 3ª série.



As crianças adoram este espaço, pois até mesmo no horário do recreio elas vão la ler alguma aventura ou procurar o Hally, num recreio desses sentei no chão e contei uma história para uma menina da 1ª série que ainda está em processo de aquisição da escrita, o rostinho dela ao ver as figuras e entendendo-as foi algo maravilhoso, pra mim, foi prazeroso.

Fico feliz por fazer parte deste processo tão importante na vida dessas crianças, algumas delas visitam diariamente, trocam livros e gibis já fazendo parte da rotina delas.


Talvez para algumas gurias e guris seja o primeiro contato com o letramento, talvez algumas delas não tenham incentivo em casa, talvez elas matem a sede de ler neste espaço...



E como na última postagem falei sobre o jovens e a leitura, gostaria de mostrar meu local de trabalho, que é a Biblioteca Comendador Carlos Assumpção onde é destinada aos estudantes de 4ª série ao ensino médio e também aos pais. É onde percebo quais alunos estão lendo pelo prazer da leitura e quais estão lendo por ler, por obrigação.


Algumas crianças nos procuram sempre que têm algum problema pra resolver, sendo tarefa escolar, discussão com colegas ou até mesmo desabafar algum sentimento...


Me fez refletir sobre o preparo emocional do bibliotecário, pois atuaremos com pessoas das mais diversas idades, com uma diversidade de humor... Em uma aula de Administração a professora Milene nos fez um questionamento, se era possível dividir o pessoal do profissional, se era possível por exemplo, deixar do lado de fora de casa os problemas do trabalho. A minha resposta foi que não, mas no local de trabalho, devemos estar no melhor estado possível, mesmo estando com enxaqueca, li uma história para uma menina, naquele momento a dor foi menor, o prazer em ler foi superior.

A paixão pelo que a gente faz, acredito ser de suma importância, nos faz ser um profissional mais competente, quem iria gostar de ser atendido por uma pessoa seca, sem interesse, mal informada, mal humorada? Ou que não sabe nem qual é o acervo da escola? Esse foi um dos motivos do meu ingresso ao Curso de Biblioteconomia, espero me aperfeiçoar mais e mais, quero aprender, por exemplo, como é feita a restauração, entender mais a CDD... para que cada vez mais, as crianças me peçam para ler uma história sentada no chão...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ontem dei uma olhada na Revista Veja e percebi que este livro, A menina que roubava livros, ainda esta em 1º lugar nos livros mais vendidos no Brasil. Comecei a lê-lo, confesso que no início achei a leitura chata, cansativa, mas agora não vejo a hora de chegar à noite, para recomeçar a ler...

Isso me fez pensar como anda a leitura no Brasil, o povo brasileiro não é um povo leitor, não é letrado, quer dizer, letrado todo mundo é, uns mais outros menos... mas me fez refletir sobre o que os jovens andam lendo ou até mesmo os adultos, será que estão f
azendo leituras supérfluas? Como por exemplo, o livro da Bruna Surfistinha, (o primeiro que me veio à cabeça) de uma menina que ao completar a maioridade largou a vida de prostituta, ou será que eles estão lendo os livro do momento o Caçador de Pipas (comprei, mas ainda não o li)?

E o papel da escola na vida dos leitores? Na minha percepção é importantíssima, mas não adianta só ela se empenhar em fazer
com que as crianças e adolescentes leiam, se em casa os mesmos não receberem incentivos dos pais, irmãos, tios, enfim... Vou contar um pouco como foi comigo, minha mãe tem uma mini biblioteca, infinitas coleções de livros, não tem mais onde colocá-los, já meu pai... se contenta a ler apenas o jornal (quer dizer, leu antes de mim, o Caçador de Pipas) acredito que puxei pelo meu pai, não quer dizer que eu leia apenas o jornal, mas não tenho esta paixão que a minha mãe tem por comprar livros, esta herança quem herdou foi minha irmã, que compra no mínimo dois livros por semana, pra ela é como se fosse um vício.

E os bibliotecários? Qual o
papel na vida dos leitores? Uma simples indicação pode despertar o hábito, como na escola em que trabalho, uma menina em especial que lia por ler, lia porque a professora cobrava na aula de leitura, um dia sugeri uma coleção bem interessante Salve-se quem puder, uma leitura infanto-juvenil, até agora a menina já leu mais de 20 livros! Um simples gesto de indicar um livro pode fazer a diferença.




Ainda quero ler Quando Nietzsche Chorou, que emprestei para minha querida amiga e colega Carol, ela está literalmente devorando o livro, espero fazer o mesmo...


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Informação X Crianças, adolescentes


Estava dando uma olhada no site da Revista Ciência e Informação e achei um artigo sobre informação X crianças, adolescentes e me fez pensar como elas têm acesso a tais informações...

Um exemplo tive esses dias lá na escola quando uma professora da Ed. Infantil relatou que um de seus alunos tinha entrado no Orkut e visto fotos da "namorada" quando bebê.

O menino tem 5 anos, e usando orkut!?!?!?! Um site com inumeras ferramentas, virus, etc. E acredito que a tendência é esta, crianças cada vez mais jovens mexendo em computador, tendo acesso a diversas informações...

Não estou dizendo que sou contra, mas será que os pais restringem os que os filhos vêem?! Será que eles se divertem como antigamente, com diversos jogos, brincadeiras?! Será que eles têm a mesma interação?!?!

Algumas escolas tentam resgatar brincadeiras porque esta "geração de apartamento" não está acostumada a brincar na rua e sim a ficar horas a fio na frente do computador, será que eles já não têm doenças de adultos?! Como dor de cabeça, problemas mais acentuados de visão?!

Por outro lado, essa criançada ajuda muito as pessoas que não têm contado com um computador, não possuem conhecimento de uso, por exemplo na minha casa, desde cedo minha irmã teve contato, até hoje auxilia minha mãe que por vez ou outra utiliza o pc.